Abusos pioraram durante período de isolamento social, segundo as investigações
Um homem foi condenado pela Justiça mineira a 199 anos e 11 meses de prisão por abusar sexualmente de duas crianças, suas enteadas, em Alfenas, no Sul de Minas. Os crimes ocorreram durante 2020 na casa que as duas vítimas, irmãs de 10 e 12 anos, dividiam com a mãe e com o agressor, e só foram revelados após uma delas contar a história à avó materna.
O homem vivia com a mãe das crianças em união estável há oito anos, porém os abusos começaram em 2020, segundo as investigações, tendo sido agravados durante o isolamento social na pandemia, enquanto a mãe estava fora de casa a trabalho.
As duas meninas foram estupradas pelo homem, que também as obrigava a assistir a conteúdo pornográfico na presença dele. Os abusos foram cometidos, primeiro, à mais nova, de 10 anos, que tem deficiência intelectual considerada leve. A mais velha também passou a ser alvo das agressões após descobrir o crime e afirmar que denunciaria o padrasto.
A condenação do homem a quase 200 anos, inicialmente em regime fechado, levou em conta a prática de 13 crimes de estupro, a indução a que as meninas vissem pornografia, a lesão corporal e as vias de fato, a reincidência no crime, o contexto de violência doméstica e o agravante de que os abusos foram cometidos durante um período de calamidade pública.