Ferrovias administradas pela Vale atingiram os melhores índices em Anuário Estatístico publicado pela ANTT
A Estrada de Ferro Vitória a Minas e a Estrada de Ferro Carajás (EFC) foram consideradas as ferrovias mais seguras no Brasil no último ano, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A EFVM atingiu o indicador de 1,16 no critério estabelecido pela agência e divulgado no Anuário Estatístico 2021, uma redução positiva de 45% em comparação ao ano anterior. A publicação compara as taxas de acidentes por quilometragem rodada em todas as concessionárias. Quanto menor a taxa, mais segura é a ferrovia. A Estrada de Ferro Carajás (EFC) atingiu a segunda colocação, com o índice de 1,59. Cabe ressaltar que estes dois indicadores são os melhores já registrados pela ANTT em toda a série histórica, configurando um recorde entre as ferrovias brasileiras. Juntas, as estradas de ferro operadas pela Vale são responsáveis pelo transporte de 59% de toda a carga que circula sobre trilhos no Brasil.
Para o gerente executivo da Estrada de Ferro Vitória a Minas, Fernando Alcantara, o resultado é fruto do investimento em infraestrutura, tecnologia e ações que estimulam a convivência segura das comunidades com a estrada de ferro. “Este índice reflete o trabalho de uma equipe formada por profissionais capacitados e dedicados a aumentar a segurança das comunidades ao longo da ferrovia. Além da mão de obra qualificada, são utilizados equipamentos modernos e de última geração desde a manutenção e a inspeção da linha férrea, dos vagões e das locomotivas até a operação. Seguimos em busca da melhoria contínua e comprometidos a contribuir com o desenvolvimento dos territórios onde atuamos”, afirma.
Apenas em obras e projetos de segurança ferroviária foram investidos R$ 123 milhões em 2020 na Estrada de Ferro Vitória a Minas. O dado faz parte do Balanço Vale +, um relatório com as ações socioambientais e econômicas divulgado pela Vale. A ferrovia passou a contar com mais 19 cancelas automáticas instaladas em 2020, totalizando 27. Por meio delas, a passagem de veículos é fechada automaticamente com a proximidade dos trens.
O gerente executivo da Estrada de Ferro Carajás, João Falcão, destacou o reflexo positivo desses investimentos para a comunidade. “Esse patamar de segurança, que é resultado de um conjunto de ações integradas, com foco em tecnologia, manutenção preventiva, qualidade da frota e diálogo, é revertido diretamente em favor de quem vive nas comunidades próximas à ferrovia e utiliza o Trem de Passageiros. Estamos em constante aprimoramento, visando maior excelência na prestação de serviço “.
Tecnologia
Em ambas as ferrovias diversos recursos são usados no monitoramento das operações. Entre as ações voltadas para a prevenção de acidentes está o carro controle, um veículo ferroviário com equipamentos de medições da geometria da linha que torna possível programar manutenções preventivas com base em suas leituras. Outro exemplo é o carro ultrassom, que percorre a linha para identificar e prevenir futuras fraturas de trilhos.
Ao longo do trecho ainda são empregados recursos tecnológicos que fazem a leitura de todo material rodante, observando as condições dos rolamentos, a performance dos truques (eixo que sustenta as rodas, rolamentos e freios), a temperatura e o perfil de rodas.
Esses recursos utilizam sensores instalados ao lado da ferrovia, que monitoram desgastes e impacto dos rodeiros (rodas e eixo dos trens), temperatura e ruído de rolamentos e deslocamentos de truque (uma peça importante do vagão). Os dados gerados favorecem a manutenção preventiva.
Cabe lembrar que no ano passado foram assinados os contratos de prorrogação das concessões da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e da Estrada de Ferro Carajás (EFC), o que permitirá a realização de mais de 460 obras, que aumentarão ainda mais a segurança e a mobilidade urbana.
Diálogo com as comunidades
A Vale também realiza um trabalho de diálogo constante com as comunidades, esclarecendo sobre os comportamentos necessários para uma convivência segura com a linha férrea.
Entre as ações desenvolvidas na Estrada de Ferro Vitória a Minas está o Trilha.Lab, que em 2020 ocorreu Governador Valadares, Santana do Paraíso, Baixo Guandu e Colatina. O projeto foi realizado a partir de multiplataformas durante a pandemia.