Itabira entra no mapa de tecnologia aliada ao tratamento de câncer
A população de Itabira, Minas Gerais, agora tem acesso a Touca Inglesa Paxman, que acabou de chegar ao Núcleo Especializado em Oncologia e Hematologia (NEOH). A tecnologia age para combater um dos principais e mais devastadores efeitos colaterais da quimioterapia: a queda dos cabelos. A chegada deste equipamento é um marco, pois, pacientes da região vão ter acesso a essa tecnologia pioneira que já foi utilizada por famosas como Ana Furtado, Sabrina Parlatore e Cristina Ranzolin, e que está presente nos principais centros de referência de tratamento de câncer nos Estados Unidos e Europa, como o hospital universitário do Texas – MD Anderson Cancer Center ou Johns Hopkins Hospital, que estão entre os cinco melhores do mundo.
Enfrentar o tratamento é um grande desafio, e que pode ser ainda mais difícil quando pacientes apresentam quadros de baixa autoestima e depressão. Estudos revelam que a queda de cabelo é um dos efeitos colaterais mais traumatizantes da quimioterapia e causa danos que vão muito além do aspecto visual. As consequências são graves e até podem incidir na desistência do tratamento.
“As clínicas e hospitais que oferecem a Touca Inglesa se equiparam aos principais centros de tratamento de câncer que são referência nos Estados Unidos e no mundo. Oferecer a Touca Inglesa é demonstrar preocupação com a qualidade de vida dos pacientes e mostrar que merecem o que há de melhor. Por isso, temos grande satisfação em proporcionar para o paciente brasileiro, por meio de parcerias com as clínicas, a tecnologia pioneira e única com certificações internacionais que compravam a segurança e eficácia”, destacou Gustavo Spritzer, Diretor Comercial da Paxman Brasil.
Como funciona
A touca, conectada a uma unidade de refrigeração, é colocada na cabeça do paciente cerca de 30 minutos antes e mantida em torno de uma hora e meia após a infusão das drogas, dependendo do protocolo adotado. O sistema resfria o couro cabeludo a uma temperatura em torno de 20°C. Com isso, diminui o fluxo sanguíneo nos folículos capilares e reduz a absorção dos fármacos na região.
No Brasil, desde 2013, já foram realizadas mais de 200 mil sessões nos principais centros de referência e hospitais de 15 estados brasileiros, além do Distrito Federal. O sistema, criado no Reino Unido pela empresa Paxman, é o único no Brasil com certificação da FDA (agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA) e registrado na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A tecnologia de resfriamento do couro cabeludo vem sendo desenvolvida há décadas, e curiosamente já utilizou até mesmo melancias na cabeça de pacientes, nos primórdios dos estudos. Ao longo de mais de 20 anos de pesquisas com a Touca Inglesa, pacientes relataram a diminuição da alopecia a ponto de dispensar o uso de lenço ou peruca. A taxa de sucesso depende do tipo de medicação administrada, 50% para as mais fortes e até 92% nas menos agressivas e a sensação de frio foi tolerada por 98% dos pacientes. A terapia não é indicada para os tipos de câncer hematológicos ou para alguma alergia ao frio. Recentemente, a FDA expandiu o uso da Touca Inglesa para outros tipos de tumores sólidos.
Muito além da estética
Uma importante novidade foi divulgada pela NATIONAL COMPREHENSIVE CANCER NETWORK – NCCN, com impacto direto para pacientes de câncer de mama. O uso da crioterapia capilar, por meio da Touca Inglesa, agora faz parte das Diretrizes de Prática Clínica em Oncologia da NCCN para pacientes que vão iniciar o tratamento para câncer de mama. A inclusão foi publicada na atualização 2019.1 da NCCN. A novidade reforça a importância e consequências da possibilidade de manutenção dos cabelos durante a quimioterapia.