De 42 encomendas recebidas, via Correios, sete continham itens, como drogas e celular, que foram descobertos pelos profissionais
Policiais penais do Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp) de Governador Valadares I, na região do Rio Doce, identificaram materiais ilícitos em pertences enviados por familiares de presos, durante procedimento padrão de revista nos itens de complementação enviados nessa terça-feira (5/1). Dos 42 pacotes recebidos, sete continham ilícitos, sendo cinco com substâncias análogas à maconha, um com substância semelhante ao crack, e outro com um mini celular. No total, os policiais penais impediram a entrada na unidade prisional de 302 gramas de maconha e 22 gramas de crack, além do aparelho telefônico.
Boa parte dos materiais estava escondida dentro de biscoitos, além de um material que estava em meio a uma porção de sabão em pó. O trabalho de inspeção nos itens recebidos, que são encaminhados pelos visitantes dos presos, é coordenado pela Assessoria de Inteligência e pela Diretoria de Segurança da unidade prisional, e conta com o apoio do Grupo de Trânsito Interno. Todo material recebido na unidade passa pelo aparelho de raio-x e, depois, é submetido a uma revista minuciosa.
Além dos recursos tecnológicos, as unidades prisionais contam também com a experiência dos policiais penais, adquirida a partir do contato rotineiro com familiares e em variadas situações nas quais drogas e celulares são localizados e impedidos de entrar nas unidades.
Um procedimento administrativo para fins de apuração foi aberto pela direção do Ceresp-GV I, e os presos destinatários dos ilícitos passarão pelo Conselho Disciplinar, podendo sofrer sanções administrativas. Além disso, os visitantes que encaminharam as encomendas ficam impedidos de enviar itens novamente.
A direção do Ceresp-GV I confeccionou o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), no qual são citados os remetentes e os destinatários das encomendas. Os materiais apreendidos foram encaminhados para a Polícia Civil, que ficará a cargo da investigação criminal.
Agência Minas