Em duas semanas, Minas Gerais registrou 17 mortes em decorrência da dengue, elevando o acumulado do ano para 139 óbitos. Esse total, que considera casos e mortes até 3 de julho, representa aumento de 363,3% em relação aos óbitos verificados nos 12 meses de 2022, quando 30 pessoas perderam a vida em decorrência da doença em Minas Gerais.
Apesar de a tendência ser de queda do número de casos nesta época do ano, devido ao avanço do inverno, o relaxamento com as medidas de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, tem preocupado especialistas e pode ser aliada para o aumento dos casos.
Até o dia 3 deste mês, data da divulgação do último boletim epidemiológico das autoridades de saúde de Minas sobre essas arboviroses, 139 pessoas haviam morrido em decorrência da dengue no estado. Os últimos óbitos registrados Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) ocorreram em oito municípios: Belo Horizonte, Estrela do Sul (Alto Paranaíba), Itaú de Minas (Sul), João Pinheiro (Noroeste), Paracatu (Noroeste), Patos de Minas (Alto Paranaíba), Piumhi (Centro-Oeste) e Uberlândia (Triângulo). Sendo que esta última é a com maior mortalidade, com 12 óbitos, desde o início do ano.
Ao todo, 237.710 casos de dengue foram confirmados em Minas. Outros 163.493 estão sendo tratados como casos prováveis e ainda precisam ser confirmados via exames laboratoriais. O infectologista Estevão Urbano avalia que as pessoas perderam o hábito de se preocupar com a dengue. Ele recomenda que, mesmo com o avanço das frentes frias – que diminuem a capacidade de reprodução do mosquito vetor – a população continue com as medidas de prevenção. “As pessoas perderam o hábito de se preocupar com a dengue, deixando os focos em casa. Há um certo relaxamento nas condutas de prevenção e, só agora, nos últimos dias, que podemos estar contando com o inverno”, disse.
Com informações do Estado de Minas