PMs são acusados de receber dinheiro no acampamento do QG; major do Bope fugiu

Corregedoria da PMDF já abriu ao menos seis procedimentos para apurar a conduta de policiais nos atos criminosos de 8 de janeiro

Policiais militares do Distrito Federal são acusados de receber dinheiro para fazer a segurança do acampamento do Quartel General do Exército Brasileiro, em Brasília, onde extremistas passaram dois meses se reunindo contra a eleição e posse de Luiz Inácio Lula da Silva, até o ataque à sedes dos Três Poderes da República.

Bolsonaristas radicais não encontraram dificuldades para invadirem o STF, Congresso e Palácio do Palácio do Planalto em 8 de janeiro — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Investigação da Polícia Federal mostrou que o acampamento, que começou a ser montado logo após a vitória de Lula no segundo turno, em 30 de outubro, serviu de abrigo a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que tramaram uma série de atos contra a vitória de Lula e as instituições democráticas.

Entre outros planos, ficou comprovado que os três homens que arquitetaram um atentado e colocaram uma bomba sob um caminhão-tanque perto do aeroporto de Brasília se reuniam no QG, onde o artefato foi entregue a um deles.

relatório apresentado sexta-feira (28) pelo interventor federal na segurança pública de Brasília, Ricardo Cappelli, revela que a Corregedoria da PM do DF apura “o envolvimento de policiais militares na arrecadação de dinheiro e segurança privada no acampamento instalado em frente ao QG do Exército Brasileiro”.