Uma criança de 7 anos realiza o sonho de ser policial civil por um dia. Essa foi uma das ações realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em João Pinheiro, Noroeste do estado, na última semana. Admirados com a situação de Davi Vidal Ribeiro, que costuma afirmar que um dia será policial civil, a equipe da Delegacia de Polícia Civil na cidade ofereceu um momento inesquecível tanto para o menino quanto para os próprios policiais civis.
A mãe da Davi, Valda Ferreira, conta que há muitos anos passa quase todos os dias pela porta da delegacia. “Desde pequenininho, ele (o filho) passava lá perto e os policiais brincavam com ele. O Davi brincava, falando que vai prender todo mundo”, relembra. Com o tempo, o garoto e os servidores da unidade policial acabaram se aproximando cada vez mais.
Como Davi possui hidrocefalia e algumas sequelas, após passar por cirurgias,que dificultam a locomoção e a respiração, ele usa um sistema portátil de oxigênio. Por isso, a criança não chega a entrar na unidade policial, mas pede à mãe para chamar os servidores, que se tornaram amigos. “Foi criando vínculo de amizade com o pessoal da delegacia. Davi fala ‘vamos lá nos meus amigos’”, conta Valda.
O investigador Genor Ferreira Braga reafirma o laço criado entre eles. “Davi é um fã declarado da Polícia Civil de Minas Gerais, é um garoto muito especial para nós. Criamos um vínculo de amizade muito forte nos últimos meses. Em todas as conversas que temos, ele sempre expressa a vontade de ser policial civil”, enaltece.
A partir disso, policiais da unidade ofereceram a Davi um dia atuando como parte da Polícia Civil pelas ruas da cidade. “Resolvemos presenteá-lo com um passeio em uma de nossas viaturas: ele fez parte de uma equipe de investigadores e realizamos algumas diligências pela cidade, o que foi tanto para ele quanto para nós um momento de muita emoção”, detalha o investigador, ao completar dizendo que essa ação também colabora na aproximação da instituição com a sociedade.
Após o passeio, Valda conta que Davi ficou empolgado. “Toda hora ele fala que é policial. Ele fala ‘vocês me respeitam, que agora eu sou polícia’. Hoje mesmo ele disse isso. Com certeza, a ação reforçou o sonho dele de ser policial”, reconhece a mãe.
Essa é uma ação que ficou na memória não só do pequeno Davi, mas de todos que participaram. “O sorriso estampado no rosto dele nos fez repensar a nossa forma de enfrentar as dificuldades da vida. Sem sombra de dúvidas, nesses quase 11 anos exercendo o cargo de investigador, essa diligência foi a mais importante em toda minha carreira”, declara Braga.