Projeto do rio Tanque tem definições sobre ponto de capitação e agora segue para licenciamento

Secretários do governo municipal, representantes do Saae e das empresas Vale e da Aecom do Brasil, provedora de serviços ambientais visitaram o local onde será executado o projeto

 Um dos projetos mais importantes para o futuro de Itabira, a implantação da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Tanque está em momento decisivo para a concepção do empreendimento. Definições importantes foram tomadas nesta semana e agora o próximo passo é o encaminhamento para o licenciamento ambiental.

Secretários municipais e parceiros visitaram as imediações do rio Tanque na última quarta-feira (23). Técnicos da Vale – empresa responsável pelo custeio da obra – apresentaram possibilidades diferentes de pontos de capitação e de trajetos da tubulação necessários. Segundo Denes Lott, secretário de Meio Ambiente, ficou definido, então, que “a água será captada em um ponto nas proximidades ao povoado dos Gomes, no distrito de Senhora do Carmo, devido a vantagens como volume de água, distância e facilidade para instalação de rede elétrica”.

Estiveram no local os secretários de Obras, Transporte e Trânsito, José Maciel Duarte Paiva; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Denes Lott; o chefe de Gabinete, Alfredo Lage Drummond; técnicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae); além de representantes das empresas Vale e Aecom, contratada para prestar consultoria ao Ministério Público na relação com a mineradora.

O prazo para início da obra é algo que o município ainda discute com as outras partes envolvidas no processo. Desde que assumiu a gestão, o prefeito Marco Antônio Lage afirma que não concorda com o cronograma inicialmente projetado, com previsão de início das obras para 2024 e a captação em 2026. Dessa forma, as decisões tomadas seguem na direção de proporcionar o tempo mais breve possível para início e execução das obras.

Além do ponto de captação, também ficou definido o trajeto da tubulação. Foi avaliado o percurso que causa menos impacto e com um processo de execução mais rápido. “Com o trajeto escolhido não haverá necessidade de desapropriação de terrenos particulares, uma vez que o trajeto escolhido será por tubulação passando pela estrada. Isso gera diminuição no prazo de entrega da obra”, acrescenta o chefe de Gabinete, Alfredo Lage Drummond.

O projeto para a construção da ETA foi acordado entre o município, Ministério Publico e Vale em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para compensação por impactos ambientais provocados pela atividade mineradora em Itabira. A conclusão desta obra, estimada em 30 milhões de dólares, vai solucionar um problema de captação de água em Itabira, que se arrasta por mais de 30 anos. A captação do rio Tanque prevê a disponibilidade de 600 litros de água por segundo.