Santa Maria de Itabira precisa de quase R$ 20 milhões para ser reconstruída

Segundo o prefeito, ainda não é possível precisar a área atingida pelos estragos da chuva, uma vez que levantamentos ainda são realizados na zona rural

A Prefeitura Municipal de Santa Maria de Itabira, na região Central de Minas Gerais, virou um dos pontos de apoio para moradores após o temporal que deixou um rastro de destruição no município. Em conversa com a reportagem de O TEMPO, nesta terça-feira (23), o prefeito Reinaldo das Dores Santos (PSD) afirmou que para reconstruir a cidade é necessária a quantia de quase R$ 20 milhões.

Cidade ficou destruída após forte chuva no fim de semana
Foto: Alex de Jesus/O TEMPO

“A situação hoje é muito complicada. Podemos dizer que estamos no início de um problema, buscando alternativas. Santa Maria é uma cidade de 11 mil habitantes, mas de uma arrecadação muito pequena. Nossa situação financeira é péssima. Ainda estamos em levantamento, mas uma coisa eu digo: para a gente reconstruir a cidade o valor se aproxima de R$ 20 milhões. O prejuízo é enorme”, afirmou.

Segundo o político, que também teve a casa atingida pela lama, ainda não é possível saber qual a área total atingida da cidade, uma vez que os danos nas áreas urbana e rural ainda são apurados.

A cidade foi devastada pelas chuvas. Foto: LesteMais

“Estamos começando a fazee o levantamento da área rural. Não tem como falar o quanto foi destruído, ainda estamos desobstruindo as estradas rurais. São 23 comunidades, uma área extensa. É muito difícil ter esse dado preciso. O que aconteceu em Santa Maria eu nunca pensei em ver uma situação assim, mas não culpo a natureza, não culpo ninguém. Temos esperança. O governador Romeu Zema esteve aqui e se prontificou a nos ajudar. Decretei calamidade e vamos ver se conseguimos esses recursos”, disse.

Ajuda aos desalojados, desabrigados e parentes das vítimas mortas

De acordo com o gestor, a prefeitura está em contato com as 129 famílias desalojadas e mais de 30 pessoas desabrigadas. Os pontos de apoio para quem não tem como voltar para casa estão ativos.

Em relação aos parentes dos seis mortos, o prefeito também afirma, emocionado, que as famílias são acompanhadas.

Foto: LesteMais

“São vidas. E vidas nós temos que valorizar. Toda vez que olhar naquelas crateras (nos locais dos desabamentos) o primeiro sentimento vai ser de perda. A gente precisa ser solidário”, desabafou.

Aos poucos, a rotina é retomada no município. No entanto, ainda não é possível precisar quando as atividades voltarão totalmente ao normal.

“Eu preciso agradecer muito aos empresários, prefeitos de outras cidades e voluntários que estão nos ajudando. Eu sou grato pelo resto da minha vida. E para os moradores eu digo: fiquem tranquilos que estamos firmes aqui para fazer o que puder. O que não puder, nós vamos correr atrás para ver se conseguimos. Eles sempre podem ter em mim a imagem de um amigo fiel”, finalizou.

Com informações do OTempo