O suspeito de matar a menina Kimberly de Almeida Souza, de 7 anos, no dia 25 de junho, no Bairro Mangueiras, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte, foi preso nesta quarta-feira (12/7). O homem de 28 anos já havia sido identificado e se apresentado à delegacia de homicídio da Polícia Civil, mas só foi detido após a Justiça mineira expedir o mandado. Ele foi encontrado no Bairro Lindéia.
O delegado Guilherme Catão, do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, disse que, apesar de o homem ter se apresentado às autoridades, ele não pôde ser preso em flagrante devido à falta de “elementos”. O responsável pelas investigações afirmou que em seu primeiro depoimento o suspeito confessou estar no local e no momento do crime, mas negou envolvimento.
“Os investigadores do departamento de homicídio rastrearam todo o movimento dele, não só durante o crime, mas antes e principalmente depois. E nesse rastreamento nós conseguimos imagens que mostram ele, logo após o crime, em uma situação em que estava totalmente nervoso, o que corroborou para a gente convergir que ele realmente foi o autor do homicídio”, explicou Catão.
Motivação
De acordo com informações da Polícia Militar, o pai de Kimberly possuía envolvimento com o tráfico de drogas da região. Ele faria parte da mesma organização criminosa que o suspeito pela morte da filha. No entanto, o crime não teria relação com ele. O delegado da PCMG esclareceu que o crime aconteceu após o suspeito achar que havia visto pessoas do comando do tráfico rival.
“A área em que ocorreu o crime é onde ele [suspeito] atua no tráfico de drogas, e no dia em que ele estava ali passou uma picape, em alta velocidade, e fez uma curva acentuada e também voltou em alta velocidade. E nesse momento o autor achou que os motoristas poderiam ser traficantes rivais e desferiu um tiro. E ele errou o tiro e infelizmente acertou a menina”, disse.
Apesar da prisão, o crime ainda segue em investigação. “O mais importante é que a gente conseguiu levantar a autoria e a motivação do homicídio, porque está ligado ao tráfico de drogas. Essas questões secundárias, como a possível ligação entre o pai da vítima e o autor, ou um outro autor de tráfico de drogas na região, isso vai ser levantado ao longo destes 30 dias que a gente tem ainda para concluir o inquérito, que é o tempo da prisão temporária”, concluiu o delegado.