Nesta quinta-feira (27/7), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) decidiu, por unanimidade, manter a sentença que absolveu o deputado federal Aécio Neves (PSDB) da acusação de corrupção passiva.
O processo teve início em março de 2022, quando a Justiça Federal de São Paulo inocentou o político mineiro das acusações de recebimento de R$ 2 milhões em propina do empresário Joesley Batista.
O desembargador federal José Lunardelli, relator do caso, afirmou que a procuradoria não conseguiu estabelecer uma ligação entre os valores recebidos e o exercício da função parlamentar por parte do então senador Aécio Neves da Cunha.
“Em todas as fases da investigação e do processo, não surgiu qualquer elemento sólido que comprovasse que Aécio Neves da Cunha tenha solicitado ou recebido valores de Joesley Batista em troca de favores relacionados ao seu mandato público”, declarou o desembargador.
O deputado Aécio Neves, em nota, expressou sua satisfação com a decisão da Justiça e lamentou os danos pessoais e políticos causados por acusações infundadas e sem provas que manipularam a opinião pública. Ele alegou que foi vítima de uma armadilha arquitetada por delatores com o objetivo de obter a absolvição de seus próprios crimes, os quais contaram, infelizmente, com o apoio de agentes públicos.
A decisão do TRF3 também manteve a absolvição de Andrea Neves, irmã do parlamentar, do ex-assessor Mendherson Souza Lima e de Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio Neves.